22.11.11




Convivendo com o horror
Nova série perturba até a alma do espectador

Acabei de assistir aos 6 primeiros capítulos de American Horror Story, para poder, enfim, organizar os pensamentos e conseguir transmitir o que estou sentindo pela série. Por fim, consegui definir exatamente o que sinto: INCÔMODO. Sim, a série ME INCOMODA.

Isso não parece inédito e estranho? Pois é.


A sinopse parece simples e já vista em diversas tramas: família se muda para mansão para tentar viver uma nova fase de suas vidas, e, claro, a casa é mal-assombrada. No trailer, mais clichês ainda: gêmeos fantasmas, enfermeiras, gente enterrando corpos, vultos passando... mas então, o que ela tem de tão diferente?

Ainda estou muito impressionada com o que vi.  
Pra começar, você se envolve com a família, principalmente com a mãe, bonita, moderna, mas tão sofrida e esperançosa ao mesmo tempo. E os produtores nao nos poupam de nada: logo no primeiro capítulo, entendemos uma das tragédias que aconteceram ali, e já sabemos que não foi só essa!

A cada capítulo, mais um flashback (vemos o que aconteceu em 83, em 78, em 67, até chegar aos anos 20, com os primeiros donos da casa) e mais uma tragédia (das brabas!) é mostrada. 

Tudo o que acontece na casa fica na casa: todos os espíritos perdidos, demoníacos, tristes, continuam ali, presos eternamente naquele ambiente.

A história é DENSA, SOMBRIA, PESADA DEMAIS. Mas atenção: você não vai levar sustos. Você SÓ vai se impressionar. E atiçar sua curiosidade (mórbida) cada vez mais.

O clima TENSO é muito bom. Uma coisa muito diferente é que a gente não sabe quem tá vivo ou morto, e isso é uma boa pegadinha. Personagens "palpáveis" podem estar mortos e serem muito, muito do mal. E quando você descobre que alguém "é morto", fica ainda mais angustiante. Acho que o pavor vem de saber o que tem ali, sem poder explicar para as pessoas daquela casa!

Enfim, a parada é DO MAL mesmo. Ah, e sabe aquela "leve" atmosfera freak que a gente A-D-O-R-A? Tá ali. A vizinha velha frustrada que não conseguiu ser famosa com sua filha (também velha) com sindrome de down dão aquele toque especial.

Também já percebi a referência a grandes classicos, como o Bebê de Rosemary (só para espectadores mais avançados). Lembra daquele clima de conspiração do demônio? Também tá ali.

Os produtores sao os mesmos de Nip/ Tuck, que muita gente acha que é comédia mas eu sempre achei um dramalhão freak do diabo. E acho que dessa vez eles pesaram a mão. No melhor sentido possível, claro...



 E vocês, me achando uma medrosa? 



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