27.11.09

DISSECAMOS: "A trilha"

(Perfect Getway, 2009)
O suspense que pensava ser um terror.
Milla Jovovich chega em thriller com correrias, tiros e belas paisagens.



Sabe quando o filme está na categoria "terror" mas logo na sinopse você desconfia que não é tanto assim? É isso. Posso afirmar que o filme da semana é um suspense. Não vou enganar fãs como eu, que sempre estão ávidos por novidades, sustos e sangue.


'A Trilha' traz Milla Jovovich como protagonista, e essa já é uma pista para que a gente desconfie do que se trata. Milla sempre faz filmes de ação, do futuro, de avatares e, se topasse fazer um terror, bombariam notícias sobre a nova escolha.



Porém, como tudo é relativo, para os medrosos é terror, sim. Tem agonia, vontade de saber mais, correr pro final, tem faca, alguns cortes legais, algumas gotas de sangue na tela... Achei legal. Parece até que vou falar mal depois de tanta introdução, mas não.



Pra começar, é no Havaí e dá vontade de mergulhar naquelas paisagens o tempo inteiro. A trama é bem escrita e mantém o suspense até o fim: casal sai em lua de mel em busca de aventura e descobre uma série de assassinatos que estão rolando por ali. Durante a "grande trilha", eles conhecem alguns suspeitos, e é quando o filme começa. O desenrolar é inusitado, o tempo passa rápido, e o final é satisfatório.

Recomendo, sim, para quem é iniciante. Aliás, recomendo que vejam agora para ter coragem pra semana que vem. 'Atividade Paranormal' vai chegar, e já adianto que não durmo direito desde que assisti à sua pré-estreia. Acredite: vem coisa boa por aí.




Gotas merecidas (0 a 10): Roteiro - 5, Sangue - 2; Medo - 0;

Trailer AGORA na TV TERROR, NO YOU TUBE.

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20.11.09

DISSECAMOS: "Deixe ela entrar"

(Låt den Rätte Komma In, 2009)



Terror elegante como poucos
Filme sueco de vampiro deixa muitos da categoria pra trás.

Ofuscado pela saga 'Crepúsculo', hoje chega ao Brasil uma história vista por um novo ângulo. 'Deixa ela entrar' é uma obra prima para quem gosta de entender melhor a (semi)vida dos vampiros. Quase nenhum efeito especial, é silencioso, os diálogos entre os poucos personagens são curtos, e a neve toma o cenário. Quase não há luz do dia. Parece que o filme é sempre à noite, e é quando lembramos que estamos na Suécia, onde as crianças saem da escola e já está escuro.



Quando digo que é para quem quer entender vampiros é porque as sutilezas do sofrimento desses seres estão todas ali. A infeliz caçada ao sangue fresco sem que a polícia perceba, o sol que rasga a pele,
o corpo que não envelhece. Vemos a elegância de quem não pode entrar sem ser convidado, com o risco de sofrer consequência. Vemos isso sem caixões, alho ou água benta. É o mundo atual, onde alugam-se apartamentos e usam a banheira para dormir, coberta de mantas e edredons, sem um fio de luz do sol.

Nossos protagonistas são excepcionais: Oskar, bom filho, mas que é massacrado na escola, e Eli, a vampirinha presa no corpo de 12 anos, triste, faminta, fraca e conformada com seu destino. Eles se encontram quando ela (que vive de cidade em cidade, sabe-se lá há quanto tempo) se muda para o prédio dele. Como acontece com todos nessa idade, a curiosidade prevalece e eles ficam amigos, quase namoradinhos. Ela o ensina a se proteger - mostrando nas entrelinhas a idade e experiência que tem - e ele a aceita como ela é, não conseguindo sair de perto.

É um filme sem a intenção de meter medo, apesar de suas boas cenas fortes. Ele é triste, gera curiosidade, vontade de saber mais um pouquinho. Atentei para um detalhe: em certo momento, uma das vítimas de Eli não morre, consegue escapar no meio da mordida, e logo vemos que ela vai se tornar vampira também . E aí achei interessante como a pessoa já sabe que aconteceu algo e começa a desconfiar. Parece a gente, sabe? "Ihh, tá esquisito. O sol tá me queimando, meu pescoço foi mordido, tô com sede de sangue... não é possível!". Ali eu vi que todo mundo já viu filme o suficiente para pelo menos saber se virou vampiro.

Se eu pudesse, ficava aqui convencendo vocês: vejam sim, acreditem, é diferente. Mas talvez seja melhor lembrá-los de uma ótima referência como argumento de convencimento: 'A entrevista com o vampiro'. Assim como 'Deixa...', foi o filme mais "plausível" de vampiros que eu já vi. Para quem não viu, alugue um e veja o outro no cinema. Hoje é feriado, tem bastante tempo. ;)

TRAILER EM WWW.YOUTUBE.COM/PRIMEIRAGOTA OU ABAIXO:


13.11.09

Homenagem: Jason


Jason Voorhees, um amigo de infância
Conheça a personalidade do vilão imortal dos filmes 'Sexta-feira 13'


Sou apaixonada pelo Jason. Ele é forte, implacável, imbatível. Jason me acompanha desde pequena. Apesar das opiniões contrárias, ele é bom exemplo de rapaz. Simples,
objetivo, focado e muito elegante - ou você conhece outro vilão que alcança suas vítimas de forma tão calma e silenciosa? Incompreendido, ele só sente falta da mãe.


Essa história de amor começou nos anos 80, quando eu e meu irmão (ou cúmplice) gravamos em vídeo 'Sexta-feira 13 - parte 3'. Éramos crianças e ficamos obcecados. Simplesmente não parávamos de assistir. Sabe quando seu filho quer ver o mesmo filme over & over again? Era assim mesmo. Decoramos todas as mortes, ríamos das vítimas e adoráaaavamos a cena final, em que Jason adolescente emergia do lago.

Com ele, não tem pra ninguém: encontrou, morreu. Por exemplo, você está aí agora lendo o post. Se Jason escancara a porta, munido de sua máscara e facão, como escapar? Dialogando? Gritando "please, oh no"? Sinto muito, não vai funcionar.


O que adoro em 'Sexta-feira 13' é a criatividade diante da matança. São muitas formas diferentes de morte. Tem machado, foice, facão, flecha, esmagamento, tesoura de jardineiro, lança e até queimadura com pedras de sauna (na parte 8, em que Jason "vai para NY"). Acho que os produtores devem ter se divertido muito bolando tudo isso. Aliás, se divertiram tanto que não conseguiram mais parar.



No total são 12 filmes, um mais maluco que o outro. Acompanhe as partes:
1 - A mãe do pequeno Jason se vinga do filho afogado.
2 - Jason cresce embaixo d´água e vinga seu próprio afogamento.
3 - Ele veste a máscara de hockey pela primeira vez.
4 - Criança raspa a cabeça e confunde Jason no "capítulo final".
5 - Neste "novo início", um maníaco se passa por Jason.
6 - Ligaram o f... e ressuscitaram Jason com um relâmpago.
7 - Uma menina paranormal (ahaha) enfrenta seus medos (e Jason).
8 - um navio aporta do Cristal Lake rumo a Nova York.
9 -'Jason vai para o inferno' - derretido por ácido em NY, ele reaparece.
10 - 'Jason X' - marcou história, tendo como cenário uma nave (?).
11 - 'Freddy x Jason' - lutas estilo matrix na beira do Lago Crystal.
12 - na onda das refilmagens, ele não podia ficar de fora. Em 2009, foi lançado 'Sexta-feira 13 - bem vindo a Crystal Lake'. Aqui, vc esquece tudo o que viu e começa de novo, com apenas vagas lembranças. Todos os personagens estão lá: o nerd, o maconheiro, o insuportável, negro forte, gordo engraçado, boazuda, bonzinho e protagonista parecida com a mãe dele. Já Jason mata como sempre, mas corre, faz armadilhas e carrega corpos.

QUAL MORTE VOCÊ PREFERE TER?





E SE ALGUÉM CONSEGUIR SOBREVIVER:
Hoje não tem estreia, mas tem o 4º Festival Curta Fantástico (SP). Confira "Colin", filme de zumbi que custou apenas R$ 115,00. No final, debate com o diretor, o criativo Marc Price. Leia mais.

6.11.09

DISSECAMOS: "Jogos Mortais VI"

(Saw VI, 2009, Dir. Kevin Greutert)



Jogos mortais 6. Você ainda aguenta jogar?
Sequência sem fim está destruindo o que poderia se tornar um clássico

Vamos falar sobre Jogos Mortais. Quando vi o 1, em 2005, fiquei grudada na cadeira. Saí do cinema ofegante, com vontade de aplaudir de pé. Um roteiro original, inovador, uma adrenalina absurda e baixo orçamento. Sim, Jogos mortais era pra quem tinha coragem e deu início a uma categoria de filmes em que o nervoso é mais forte que o susto.



Aí veio o segundo filme. A gente sempre torce o nariz, mas até entende que alguns milhões a mais não fazem mal. Uau, as mortes estavam mais criativas e as partes do corpo cortadas eram mais diferentes.

Veio o terceiro filme. Então tá, né, vamos fechar a trilogia. Até que fecharam bem. O assassino ainda vivia, e as boas mortes e torturas estavam no ponto certo.

4 filme? Humm, desconfio sempre. Não rola.



Ah, quer saber a verdade? Não vi o quinto. O 4 já me irritou bastante, o final era tão confuso que saí decepcionada. O 5 empurrei com a barriga e até quis assistir correndo antes do 6, mas nem precisei. Agora inventaram que o JigSaw (pobre personagem, dissecado até a última gota) tinha um plano em 6 envelopes, que ele entregou para a esposa supostamente há anos. O grande plano dele SEMPRE foi uma vingança contra as corretoras de seguros de saúde (zzz...), e ele precisava terminar. Cismado com injustiças, né?

E tem mais: sempre achei fraco o argumento de "ensinar as pessoas a darem valor à vida". Porém, não tem muita pena de quem é inocente. Sim, porque em todos esses filmes ele matou muita gente nada a ver. Dessa vez, ri muito das parafernálias e engenhocas. Como ele consegue tudo aquilo? Está cada vez mais sofisticado, com vídeos e timing perfeito entre as armadilhas. E os galpões? São maiores que os da fábrica do Freddy Kruegger.

Bom, vejam e opinem. Ainda falo: sempre sobra pano pra manga do próximo.

Let the games begin
!

Gotas merecidas (0 a 10): Roteiro - 0, Sangue - 10; Medo - 0;

Trailer AGORA na TV TERROR, NO YOU TUBE.


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4.11.09


Aguarde a primeira gota de sangue.


Nessa sexta, nos cinemas:

JOGOS MORTAIS VI

Já volto.
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