
Terror elegante como poucos
Filme sueco de vampiro deixa muitos da categoria pra trás.
Ofuscado pela saga 'Crepúsculo', hoje chega ao Brasil uma história vista por um novo ângulo. 'Deixa ela entrar' é uma obra prima para quem gosta de entender melhor a (semi)vida dos vampiros. Quase nenhum efeito especial, é silencioso, os diálogos entre os poucos personagens são curtos, e a neve toma o cenário. Quase não há luz do dia. Parece que o filme é sempre à noite, e é quando lembramos que estamos na Suécia, onde as crianças saem da escola e já está escuro.
Quando digo que é para quem quer entender vampiros é porque as sutilezas do sofrimento desses seres estão todas ali. A infeliz caçada ao sangue fresco sem que a polícia perceba, o sol que rasga a pele, o corpo que não envelhece. Vemos a elegância de quem não pode entrar sem ser convidado, com o risco de sofrer consequência. Vemos isso sem caixões, alho ou água benta. É o mundo atual, onde alugam-se apartamentos e usam a banheira para dormir, coberta de mantas e edredons, sem um fio de luz do sol.


Se eu pudesse, ficava aqui convencendo vocês: vejam sim, acreditem, é diferente. Mas talvez seja melhor lembrá-los de uma ótima referência como argumento de convencimento: 'A entrevista com o vampiro'. Assim como 'Deixa...', foi o filme mais "plausível" de vampiros que eu já vi. Para quem não viu, alugue um e veja o outro no cinema. Hoje é feriado, tem bastante tempo. ;)
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