18.3.10

A gruta - videojogo

(A gruta, 2008)


Filme de terror brasileiro. E ainda por cima interativo.
Diretor brasiliense dá banho de criatividade, tanto no mundo do terror quanto no futuro do cinema.

Que bom poder falar de produções brasileiras! São tão raras que eu fico toda esperançosa quando assisto a alguma. Sei que tem uma galera como eu, ávida por terror nacional, mas também sei que devo ser paciente porque ainda estamos no começo (afinal a retomada do cinema nacional está apenas engatinhando), e que muitas produções ainda vão nos divertir por aí.

Quando soube do filme de hoje, não tive dúvidas: precisava espalhar para o mundo! Então eu vou falar de uma galera muito criativa do Sudoeste que quer (e já conseguiu!) fazer cinema de maneira diferente.

Apresento-lhes 'A gruta', filme de terror que, além de ser nacional, é um filme jogo, onde você decide os passos dos personagens!


'A gruta' é a primeira experiência interativa de cinema do Brasil, com 11 finais diferentes e 30 possibilidades de escolha. Do diretor candango Filipe Gontijo, o filme foi lançado no Festival de Brasília e agora está todinho no YouTube pra gente brincar à vontade.

A história em si é batida, típica de filme de terror. As atuações não são nada demais, e a edição é meio tosca, mas tá valendo, né? Casal vai para a fazenda da família da moça (aí já vem a pergunta: quer acompanhar Luisa ou Tomás?) onde vive o sinistro - e até engraçado - caseiro Tião. No passeio por uma tal gruta, eles acham um porquinho preto e Tião fica bem furioso, mudando totalmente de comportamento. As perguntas para o público são feitas o tempo inteiro (quer passear ou ficar dormindo?) e a gente vai decidindo por eles (entrar na gruta ou passear no mato? se esconder ou fugir? pegar o carro ou esperar amanhecer?).



C
omo eu gosto de ver sangue jorrar, fui escolhendo os piores caminhos para os personagens (entrar na mata, sair de casa, se esconder, encarar o caseiro), e meu destino não foi muito feliz. Morri logo nas primeiras cenas, mas nao resisti e comecei tudo de novo, inúmeras vezes, por caminhos diferentes e direções contrárias. Fui feliz algumas vezes, outras nem tanto! Consegui levar o menino até o final, mas tenho certeza que ainda tem muita cena para ver.

Quando foi exibido no cinema, a galera fazia a votação com controle remoto (a la Silvio Santos) e a maioria escolhia o destino. No YouTube, você se diverte sozinho, pulando de video em video.

Começa aí e depois me conta!



Esse post é dedicado ao amigo Roberto Paixão (@robertopaixao), programador web e vocalista da banda Satangoss (http://www.myspace.com/satangosscrossover)
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