4.2.11

dissecamos: ''DEIXE-ME ENTRAR"


Remake dissecado e aprovado.
Versão americana acerta no tom e mantém a elegância europeia

Ainda quero entender porque os americanos precisam refilmar tudo. Ok resgatar TODOS os filmes antigos, mas 'Deixe ela entrar', o sueco, é de 2008! Uma primorosa obra prima do terror europeu, com seu toque sutil, narrativa lenta, romantismo... aí vem os americanos e tomam a história pra si. Tudo bem... vamos ver, né?


Desconfiada, ouvi falar muito bem. Li pouco para não me contaminar e fiz questão de afastar o original (que amei) de mim. E olha... eles mandaram muito bem. 

'Deixe-me entrar' é uma cópia fiel: em ritmo, no tom certo, sem exageros e mantendo o clima super diferente do seu antecessor. Para quem não conhece, a trama gira em torno de um garotinho solitário e bonzinho, que sofre na escola e arranja uma nova amiga, sua vizinha bonitinha e misteriosa. Essa menina está condenada, é uma vampirinha no corpo de uma garota de 12 anos, que precisa viver nos dias de hoje e se alimentar de sangue sem que seja notada. Os dois tem uma relação de cumplicidade e amor, com aquele sofrimento do "não podemos ficar juntos". 

As crianças americanas, assim como as suecas, deram um show. Você esquece que são atores! O diretor respeitou bem o primeiro filme, mudando apenas as cenas de ordem e resumindo um pouco mais (americanos não tem paciência, querem tudo mastigado). Algumas cenas são fortes, como antes, mas só chocam quem ainda não viu nada. 

Como acontece em 99% das vezes, preferi o original. Achei a trama mais rica, mais sofrida, com muitos detalhes e recados nas entrelinhas. Pra quem não conhece, vale a pena a ida ao cinema. Resumindo, é uma excelente pedida para amantes de vampiros. 

Mas agora me diga, remake pra que?

LEIA SOBRE O ORIGINAL AQUI!
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