(Antichrist, 2009)
Um nome que assusta mais que o filme.
O terror de Lars Von Trier é psicológico e choca, mas não apavora.
Anticristo chegou aos cinemas como a primeira incursão de Von Trier no mundo do terror. A conotação é equivocada: Anticristo não é um filme de terror. É um drama. Um drama com cenas chocantes, sim, mas não se encaixa em nossa categoria.
A história é sobre um casal que perde o filho de forma trágica. A mulher sente muita culpa, está infinitamente abalada e o marido é psicólogo. Ele resolve levá-la para uma cabana na floresta, para enfrentar seus medos, etc (aquele papo!).
Nesse momento pensamos que o terror vai começar, mas isso não acontece. O filme gira em torno desse sofrimento profundo, que faz o casal enlouquecer completamente. A culpa vai consumindo a protagonista, que se automutila e tortura o marido - tudo em close pra fazer a gente gritar de nervoso. Eu não tenho problemas quanto a isso, mas achei um pouco over.
Sente-se pena o tempo todo. Pena do filhinho morto, da mãe culpada, do pai que tenta.
A fotografia é linda, a música idem. Se você gosta dos filmes de Von Trier, este continua à sua altura. Mas se procura um bom filme de terror, espere até semana que vem - vem mais estreias por aí.
Gotas merecidas (0 a 10): Sangue - 3; Sustos - 1; Nervoso - 6