
Um filme que merecia um nome melhor
Nova obra da autora de 'Juno' traz bom terror com diálogos irônicos
Megan Fox realmente é linda de hipnotizar, e Diablo Cody realmente escreve bem. A ex-stripper que ganhou o Oscar de melhor roteiro por Juno provou que não foi sorte de principiante. "Garota Infernal" é de assistir de boca aberta, ou de morder a língua - para quem achar que o título traz apenas um filme de Sessão da Tarde. É para dar atenção ao roteiro, ao diálogo rápido, às palavras escolhidas.

Cody tem uma linguagem fácil e ousa sem temer. Detalhes como o Drink 9/11 ("que se não beber rápido fica marrom") fazem parte das pequenas cutucadas da roteirista. A diretora Karyn Kusama está em total sintonia, caracterizando bem os personagens e com uma trilha atual e diversificada (mulheres, uni-vos!).

Dessa vez a tradução errou feio e desconfio até que não viram o filme. Em inglês, chama-se "O Corpo de Jennifer", e é no mínimo assim que deveria ser chamado. A história começa pesada, como eu não imaginava. A doce Needy (nerd à la Juno) está em um hospício, agressiva e transtornada. Ela narra o filme e a vontade de saber como ela foi parar lá é incessante.

Recomendo de verdade. E recado aos apressados: não saiam antes de terminarem os créditos com as imagens em p&b. O final está ali. É bom demais - de um sadismo ímpar.
Parabéns a Diablo Cody, sou fã de roteiristas e sua história de vida é de persistência e amor ao texto. Assistam!
Gotas merecidas (0 a 10): Roteiro - 10, Sangue - 6; Medo - 3;

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